A Igreja está 24 horas no ar! Elas têm que mostrar para que foram criadas e muitas mostram com eficácia: a mensagem de boas novas, o caminho de esperança, o plano de salvação, a música com seus corais e quartetos maravilhosos, e mais… com hinos inesquecíveis, uma orquestra, enfim… o que Jesus ensinou: conectar-se na tv a acabo do bem e deixar que a glória de Deus seja revelada à humanidade.
Mas… é preciso avaliar o que outras, e são muitíssimas Igrejas, têm feito. Elas têm a oportunidade nas mãos e não se conscientizaram da responsabilidade pelo uso do recursoonline, de forma competente, inteligente, eficaz.
Evidentemente, se as atividades da Igreja forem transmitidas ao vivo, seja pela TV ou pela Internet, o formato tem que ser diferente daquele que se faz no dia a dia, dentro do recinto, no púlpito. Isto não significa que se deve descuidar de tudo, quando não vai se mostrar a programação da Igreja para milhões de pessoas ao redor do mundo. Nem pensar. Hoje não se tem mais controle exato do número global de expectadores. As barreiras do tempo, do limite, do espaço foram rompidas. O ser humano está cada dia mais exigente, mais crítico, mais objetivo, mais apressado e informado. O improviso não cabe mais em absolutamente nada do que se faz, ainda mais na obra do Senhor.
A comunicação amplia acertos e erros. Cuidado com a cor da cortina, com as cores da roupa do pastor (não é a etiqueta), como se vestem os irmãos do louvor, cuidado com a iluminação, com a imagem de gente andando pra lá e pra cá ou dormindo no coral…Vai tudo ao vivo. Cuidado! “Não há nada encoberto debaixo do sol…”
É bom rever e planejar e reavaliar os devocionais, hoje, na maioria das Igrejas, de uma hora e meia com as pessoas muitas vezes de pé, com instrumentos em último volume, com letras quilométricas (repetitivas) e mal feitas, com “melodia” irritante, aviso, aviso, avisos, e o número de jovens minguando, desanimando… porque acham o modelo de culto cansativo e chato; quando se tem hinos lindos, vozes ávidas para cantar num coral, gente preparada nas igrejas para ensinar.
Imagina uma transmissão pela Internet, quando o internauta, não membro de nenhuma igreja, dá de cara com uma igreja que começa o culto batizando, ou fazendo uma lenta reunião de condomínio, com avisos, desde quem nasceu, até quem está em que hospital, com longas notícias de UTI, ou comemoração de bodas, lançamento de cd, homenagem à mãe mais idosa, apresentação de bebê, campanha disto ou daquilo, etc…etc…etc.. (assuntos internos, de interesse exclusivo dos membros da Igreja). Quando é um testemunho de vida, ainda bem. Não precisa também ser de uma hora e tanto. Quem está na Internet e foi convidado por um amigo para se ligar no culto desta ou daquela igreja, vai à procura de uma mensagem da Palavra de Deus, de conforto para a sua vida e seria impactado por um hino inspirado, por um belo coral, só que ele vai ter que esperar hora e meia para isto acontecer! Não vai esperar. Desiste! Sabe por que? Os irmãos não planejaram o culto para se transmitir ao vivo e quem sabe nem ao morto. Já que avisos e assuntos internos da igreja são necessários, que se faça isto fora do ar.
O recurso está aí. Pode parecer até agressivo dizer tanta coisa assim, nesta avaliação. O educador está aflito, vendo tudo isto e as pessoas repetindo erros de metodologia. Há de se fazer uma produção. Se a Igreja decidiu que vai transmitir, dominicalmente, pela TV ou pela Internet, a linguagem e o formato do culto têm que ser diferentes. Deve-se investir na contratação de profissionais como produtor, cinegrafista, editor de imagem, para não expor ao ridículo o povo de Deus.
Até quando a gente vai continuar sofrendo ao ver tudo tão lindo que os crentes sabem e podem fazer, mas se esqueceram de atualizar o formato?